
Em rigor, não deveria, talvez, intitular-me travesti mas eonista: homem que assume as formas femininas exteriores, sem que por isso se transforme em mulher।Continuo e continuarei fechado na opacidade biológica do masculino. O canyon dos testículos e a formação rochosa eréctil está lá, no vértice que une as pernas. Não tenciono, aliás, fazer nenhuma operação de mudança de sexo. Não sou transexual. Apenas adoro ser mulher, em espírito e sensualidade, sabendo a ambiguidade que isso comporta. Os meus mecanismos de excitação sexual são masculinos ainda que a forma soprada do cinema da mente possa ser feminina.Não desejo que nenhum homem me possua. Nem quero possuir nenhum. As shemales causam-me certa excitação, por «serem» mulheres parcialmente - não pelo pénis, o cone da minha desilusão.Portanto, o meu problema é não amar o pénis, o objecto masculino por excelência. Salvo, claro, o meu. Desejo possuir a mulher, muitas vezes, nem sempre, travestido. Excita-me as fogueiras circulares do erotismo. É o meu viagra natural. Serei, talvez, um homem-lésbica. Quero uma mulher deliciosa, cúmplice, meiga, simultaneamente muito feminina. Não posso ser homossexual, em termos físicos. Não é muralha de preconceito contra. É cravo, dióspiro de disposição psicobiológica: tenho de desaguar o mar azul dos meus desejos numa enseada de um ventre feminino। E amo fraternalmente todos os travestis, transexuais e crossdressers eonistas: eles (elas) sabem incarnar o espírito feminino
Betinh@
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